quinta-feira, 9 de maio de 2013

PIONEIROS


APRESENTAÇÃO DO LIVRO "PIONEIROS" 2012


Autor
Marcelo Hübel

Revisão, capa e projeto gráfico
IMPULSO COMUNICAÇÃO

Fotos de capa e contracapa
Marcelo Hübel

Bibliotecária
Andréa Blaskovski CRB 14/999

Patrocínio
TUPER

154 páginas

64 imagens (preto e branco)

300 livros doados para bibliotecas e apoio social.



Os primeiros moradores do Planalto Norte Catarinense
e Sudeste do Paraná, no Vale do Rio Negro, e sua cultura.

O resgate da história: dos tropeiros, dos Imigrantes, dos índios Xokleng e da Revolução Federalista.

A cultura apresentada em diferentes expressões, no registro de um povo bravio e memorável.

Um livro indispensável para descendentes das famílias FRAGOSO e KÖNIG e todo apreciador da história e cultura.



Marcelo Hübel
         Escrever a história é uma oportunidade de fomentar valores culturais que algumas vezes estão perdidos, ou até mesmo, desconhecidos pela ação do tempo. Este livro é a revelação do passado, do pragmático, de uma época memorável, portanto fiel na sua revelação. A precisão e veracidade dos fatos ocorre em grande parte pelas informações dos manuscritos de Zeferina, que em 1938 deixou este grande legado, narrando sua própria vida, e de seus pais e tios, garantindo sobremaneira a confiabilidade deste passado remoto, considerando ainda sua proximidade em relação ao tempo e pelo afeto da vida de seus familiares. Também enriquecem e complementam o livro, outras fontes de pesquisas como: entrevistas, literatura de apoio, registros de documentos etc.
“PIONEIROS” é uma obra de valor inestimável que resgata um período esquecido ou pouco valorizado. Esta obra tem por finalidade apresentar a vida destes colonizadores no cotidiano, seus usos e costumes, e outras situações que margeiam o passado na revelação dos grandes feitos históricos que coexistiram com estas famílias.

O Planalto Norte Catarinense sempre é lembrado pela colonização, na maioria por imigrantes europeus, que aportaram desde o ano de 1873, sendo na maioria alemães, mas provindos de regiões diferentes.  Dos primeiros imigrantes que aqui chegaram, podemos referenciar suas procedências da Prússia Ocidental; Boêmia; Pomerânia; Saxônia; Polônia; Áustria; Baviera; Wetsfália e ainda Teuto-Polones, e nos sucessivos anos foram seguidos por muitos outros de diferentes e distintas “origens”. Mas os moradores que já habitavam estas terras foram pouco referenciados. Sendo em algumas situações gentilmente ou necessariamente lembrados, sendo mais evidente e eminente a participação dos tropeiros, quando narrado o transporte dos primeiros imigrantes e seus pertences de Joinville a São Bento. Conforme este pequeno relato no livro São Bento do Sul Subsídios Para a Sua História, que curiosamente traz na capa do livro bela gravura evidenciando o tropeiro e parte da sua tropa de mulas, com bruacas. “No dia 20 de setembro de 1873, os homens e uma tropa de bestas, com dois tropeiros brasileiros, João Fragoso e José Manoel da Cruz, partiram de Joinville e iniciaram a sua marcha para a distante Serra Geral”.(FICKER, 1973).


Ainda no Livro de Josef Zipperer é reforçada a admiração por estes brasileiros. “Viviam sob um regime de costumes rígidos, mas eram felizes. As famílias eram grandes, predominando entre elas eram o sistema patriarcal. Os pais eram respeitados pelos filhos, que a eles se dirigiam tratando-os por Vv. Mercê, e não raro encontrei homens de cabelos brancos, respeitosamente beijando as mãos de seus pais, sem o menor constrangimento” (ZIPPERER, 1954). “Considero uma grande pena ninguém ter escrito algo sobre essas famílias que aqui moravam, seus costumes e sua vida.”(ZIPPERER, 1954).
Mas este livro resgata a importância destes, que embora de descendência portuguesa, prefiro referenciar por “brasileiros”, ou de forma mais gentílica como gaúchos, ou ainda mais especificamente, tropeiros, nascidos no Brasil e formadores de uma cultura regional. São representados nesta obra pela família dos Fragoso. Entretanto este livro não deve ser visto apenas como a história de uma família, mas pelo conjunto do contexto da importância política, econômica, social e ambiental.
Estas famílias retratam a cultura, e a própria identidade, estampada e desenvolvida no sul do país, em expressões genuinamente brasileiras, que se revelam principalmente, na música, na gastronomia, nas atividades de trabalho e também se manifestam pelo tropeirismo, que marcou época seja pela condução e comercialização do gado, cavalos, de mulas ou de mercadorias.
A fase do tropeirismo nos últimos anos, está sendo nacionalmente valorizada, ressurgindo a história em exposições, documentários, peças de teatros, reportagens e livros, tamanha a magnitude e importância que gerou.
Nossa região pode não ter sido o berço do tropeirismo, mas foi a terra adotada pela fixação destas bravas famílias com sua própria tropa, e o cenário de passagem de muitos outros tropeiros que por aqui um dia deixaram rastros de saudosa memória.  


Disponível para venda em São Bento do Sul na:
Banca Gibi (lateral do Correio no centro da cidade); 
Livraria Boulevard (Super Center Germânia); 
Livraria Fraterna (início do calçadão no centro da cidade) e
Livraria São Bento (Shopping Zipperer).


Boa leitura
Marcelo Hübel




Apresentação do autor por Anderson C. Schier






         Conforme a própria descrição curricular, é interessante ressaltar alguns tópicos sobre o autor Marcelo Hübel, apresenta o blog http://marcelohubel.blogspot.com/. É Biólogo formado pela UFPR, (Universidade Federal do Paraná) com registro no CRBio 3ª Região (Conselho Regional de Biologia). Pós-graduado em Licenciamento Ambiental pela UNC (Universidade do Contestado).  Pós-graduado em Gestão e Planejamento Ambiental pela UDESC (Universidade do Estado   de Santa Catarina); Autor 1º do Livro “Aves do Quiriri” Guia de Observação de Aves; Diretor de Meio Ambiente da Prefeitura de São Bento do Sul na Administração Magno Bollmann e Flavio Schuhmacher; Presidente do Comitê Gestor do Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais; Diretor ANAMMA (Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente) Região Nordeste de Santa Catarina; Conselheiro e Secretário do COMDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiental); Conselheiro do CONCIDADE (Conselho da Cidade); Conselheiro COMTUR (Conselho Municipal do Turismo); Membro da Comissão Especial de Analise e Estudos da Movimentação do Aterro Sanitário; Conselheiro da Cultura; Representante da Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu); Vice-Presidente do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social – FMHIS; Delegado da CISA (Conferência Intermunicipal de Saúde Ambiental);pela AMPLANORTE (Associação dos Municípios do Planalto Norte Catarinense; Membro da Comissão para Avaliação de Conveniência na Aquisição de Móveis de da Prefeitura de São Bento do Sul;  Membro do Consórcio Intermunicipal Quiriri e da Comissão Executiva que alterou a forma do consorcio; Agente do Comitê Gestor do Planejamento Estratégico;  Membro do Comitê de Meio Ambiente da AMUNESC (Associação dos Municípios Nordeste de Santa Catarina). Na coordenação do Prefeito Magno Bollmann desenvolveu programas e/ou escreveu os projetos para implantação e acompanhamento: Viveiro de Mudas Imigrante August König na Avenida dos Imigrantes; Museu Natural Entomológico Ornith Bollmann; Plano de Manejo da APA (Área de Proteção Ambiental) Rio Vermelho/Humbold; PSA (Pagamento de Serviços Ambientais) “Produtor de Água do Rio Vermelho”;  Implantação do Projeto de Recuperação da APP do Rio Vermelho; Programa ECOATITUDE; Programa de Educação Ambiental ECOTRILHA; Programa S.O.S Rio Limpo; Associação de Reciclagem; Ações relacionadas a datas comemorativas; Criação dos   quatro símbolos ambientais de São Bento do Sul; Atuação na organização da Feira e Congresso AMBIENTAL 2009;  Implantação do Projeto do Consócio Intermunicipal Quiriri        “Coleta do Óleo Vegetal” Participação de colaboração no “São Bento Sempre Limpa”.
         Enófilo e enólogo por paixão já dedicou 20 anos na produção artesanal de vinhos de uva americana e varietais como o Cabernet Sauvignon. Ornitólogo por vocação, foi membro da SOB (Sociedade Brasileira de Ornitologia). Profundo conhecedor de monoculturas florestais do: preparo de mudas, melhoramento genético, manejo florestal e das boas práticas silviculturais na condução de florestas exóticas de Pinus sp. Por dois anos foi integrante da CAMCORE - Global partners for the future o four forest, inclusive com participação de 42 dias, no Annual Meeting  na interpretação de estudos teóricos e práticos na Argentina e Colômbia. Foi atuante na ACR (Associação Catarinense de Reflorestares) e do Grupo de Silvicultores do Planalto Norte de Santa Catarina. Participou da implantação das certificações florestais FSC (Forest Stewardship Council - Conselho Brasileiro de Manejo Florestal) e da ISO 14001 (Referente a Gestão Ambiental) e ainda acompanhou a implantação do OHSAS 18001 (Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional), ISO 9001 (Referente a Padronização de Serviços e Produtos), chegando a ser Coordenador de Responsabilidade Social e Ambiental da MASISA do Brasil LTDA, onde trabalhou por 10 anos em Santa Catarina e Paraná, além de participar da implantação de um novo projeto industrial de MDP (Medium Density Particleboard)  no Rio Grande do Sul onde fixou residência por um determinado período em Montenegro e Pareci Novo. É defensor de práticas e políticas socialmente justas, ambientalmente corretas e economicamente viáveis, formadas nos preceitos da sustentabilidade, marco que reconhece como importância na vida de cada pessoa, incluindo principalmente o poder público e a iniciativa  privada.

         No Planalto Norte Catarinense, em conjunto com outros pesquisadores da Fritz Müller, Eco da Mata e Silviconsult, está entre os precursores no desenvolvimento do estudo da Caracterização da Fauna. Com importância friso os 30 meses de pesquisa da avifauna com somatório de 120 dias de acampamento em Floresta, para melhor aproveitamento do estudo das aves. Também participou da identificação dos estados de sucessão da floresta nativa em regiões de Santa Catarina e Paraná. E realiza estudos ambientais para perícias e licenciamentos.
         Apreciador da história científica e informal na apresentação de crônicas e contos. Crítico sobre tudo e de ideologias próprias se embasa no conhecimento geral, muito bem compreendido nesta obra que sai dos requisitos da biologia englobando a história, numa obra que fortalece os valores culturais.
         Neste livro Marcelo, nos traz relatos de uma história que ninguém, ou poucos conhecem, revelando os fatos de vida da família Fragoso, envolvendo, em particular, a trajetória de Zeferina Maria König, sua antepassada, que deixou registrada sua vida em pequenos manuscritos guardados a sete chaves. O autor nos traz a história impressionante dos primeiros moradores do Planalto Norte Catarinense e Sudeste do Paraná. Revive o passado e a cultura dos tropeiros, dos índios, dos imigrantes, da bravura e sofrimento de um povo e as marcas deixadas por uma revolução.